É o primeiro lançamento presencial do mais recente trabalho de poesia do escritor maranhense. Evento vai acontecer durante realização do projeto Rico Choro, a partir das 17h30.
Pequenos poemas viúvos reúne 90 poemas curtos, com prefácio do poeta Samarone Marinho e texto do escritor Luís Inácio. O projeto gráfico é da poeta Adriana Araújo, responsável pela edição da obra por meio da Olho D´água Edições. O livro tem ainda cinco fotos-texturas (cianotipias) feitas por alunos do IFMA, sob coordenação do professor Eduardo Cordeiro. A obra está à venda desde dezembro do ano passado, mas por causa da pandemia não houve nenhum lançamento presencial.
No livro, Celso Borges inverte o sentido de perda, transformando ausência em presença. O poeta elenca, entre personagens da vida cotidiana e escritores presentes em sua formação, situações limite próximas da morte, convertendo memória em imaginação criadora, fazendo tudo virar uma doce-amarga magia.
Pequenos poemas viúvos busca, não respostas que nos confortam no cotidiano, mas criações que vão além do inevitável universo da finitude. Quando Ana Cristina Cesar atravessa a janela, Bandeira Tribuzi olha o sobrevoo do urubu ou Gregor Samsa amanhece barata, Celso Borges transcende poeticamente cada um desses atos.
“E é aí que mora o poder transformativo do olhar do poeta sobre as perdas. Distante dessa conotação, elas adentram o fluxo da memória poética como camada necessária para transformação da morte em vida. E o que se vê é a própria reanimação da vida pela reminiscência poética”, afirma Samarone Marinho.
Celso Borges monta um mosaico inesquecível, inapagável e permanente da memória que fica, a de Dorian Gray feliz com o espelho, a da mãe de Marcel Proust que lembra das receitas de madeleines, e a de Riobaldo que demora em descobrir Diadorim, entre outras.
PEQUENOS POEMAS VIÚVOS
Museu Histórico e Artístico
Sábado, 17h30
Durante o projeto Rico Choro