Primeiro veio o encontro, há seis anos. E teve a praia de Mangue Seco, ali, nos cheiros e sabores da Raposa, como testemunha. Um maranhense e um argentino unidos pela palavra, pela sonoridade dessa palavra, a mesma palavra que se transforma em poesia e música. E depois veio a promessa, à medida que o tempo passava e a pareceria musical aumentava. A promessa se concretizou. A pandemia lhes deu uma certeza: nada mais, daqui pra frente, poderá ser adiado. Projetos e sonhos não podem mais ser postergados.
Na próxima quinta-feira, dia 15, esses dois caras, o maranhense Aziz Junior e o argentino Martin Marassa, vão subir no palco para contar e cantar o fruto dessa parceria. As canções falam de amores, desamores — dramas tão humanos. E em cada batida, com violões, ukulelê, ciello, piano, baixo acústico e percussão, a nítida influência ibérica, africana e indígena. Essa salada antropológica traduz a musicalidade de todo o espetáculo.
“A concepção original foi trazer luz para a ideia do que cultuamos no Brasil e nos faz pensar como descendentes da Europa e dos Estados Unidos. Isso nos induz a achar o espanhol menos familiar que a língua inglesa”, avalia o cantor e compositor Aziz Jr.
Martin Marassa, natural de Córdoba, na Argentina, é, literalmente, um viajante das canções. Esteve em vários países e conheceu diversas culturas. Em Córdoba fez parte da La Carteler, bande classe internacional. Foi com essa banda que ele fez três viagens pelo Brasils, em tours pelo país. Depois dessa experiência, seguiu carreira-solo e gravou o seu primeiro disco, “Ventorela”. Seu ultimo álbum, “Lá fora”, feito com diferentes estilos e diversos convidados, foi gravado no Brasil. “Já dividi palco com Alpha Blondie, Manu Chao, The Wailers, as bandas The Wailers, The Skatalites, Pedro Aznar e outros”, enumera Martin.
Aziz Jr, artista multifacetado, depois de transitar por diversas vertentes da arte, entes as quais o cinema, o teatro e manifestações da cultura popular, lançou o seu primeiro disco, ano passado, depois do horror da pandemia. Intitulado DiAziz, o trabalho é seu primeiro registro. Em seguida, andou pelo estado com o projeto Segunda Dose acompanhado do parceiro Marcos Magah , empreitada que contou com o patrocínio da Lei Aldir Blanc. O show rodou algumas cidades do interior maranhense, como Alcântara, Barreirinhas, Arari e Carolina. Sucesso por onde passou.
Agora, em Hermano, o encontro musical entre o maranhense e o argentino terá a participação luxuosa do cineasta Frederico Machado, com 30 anos de histórias no cinema. E é preciso ter. É preciso que isso seja registrado, para que possa ser visto por muitos e muitos, tempos depois, como memória viva. Frederico fará o registro audiovisual do show, que tem a pretensão, a partir daí, de um novo projeto que começa a ser delineado.
A luz do show é assinada por pelo professor Emílio Ferreira. “Ele dará a ambientação própria para mergulharmos em mares pacíficos e atlânticos onde estão ancorados os corações desses hermano”, explica Aziz. A direção musical do espetáculo é de Luís Cláudio. Em janeiro, Hermano chegará a Córdoba, na Argentina, terra de Martin. E, pelo visto, vai mais longe.
Neste próximo dia 15, a ilha de São Luís terá um acontecimento. Hermano será mais do que um show. Será uma viagem, um mergulho em diferentes estilos, ritmos, sonoridades e histórias muito pessoais que se tornaram uma só. Quando se soma um mais um, dois é sempre melhor.
O nome disso só pode ser CELEBRAÇÃO.
SERVICO:
SHOW HERMANO
ONDE – Teatro da Campanhia Cazumbá, Rua Portugal, Praia Grande.
QUANDO – 15 de dezembro, próxima quinta.
HORA – 20H
PREÇO DO INGRESSO – R$20. Podem ser comprados antecipadamente pelo número (98) 98858-2105
APOIO – Instituto de Estudos Sociais e Terapias Integrativas (IESTI)